Trilha sonora da leitura

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O menino que previu o apocalipse - Ricardo Valverde



Sinopse: "Ao longo dos tempos, inúmeros profetas, cientistas, filósofos e religiosos vêm tentando avisar às gerações futuras, por meio de códigos e mensagens ocultas, de que o fim de nossa era pode estar mais próximo do que imaginamos. E todas as evidências apontam para o dia 21 de dezembro de 2012 como a data do apocalipse. Por quê? O que acontecerá nesta data? Por que tantas pessoas acreditam que este dia não nascerá como os demais? Um menino vivendo em nossa época pode ter as respostas para todas essas perguntas. Quem na verdade é esse menino? De quem ele herdara tal maldição? O que estaria reservado para o dia de seu décimo sétimo aniversário, em 21 de dezembro de 2012?"

 " Começaram assim as minhas férias e a minha vida de previsões e maldições." - Página 45

Michael é um garoto aparentemente comum, que estuda, joga futebol com os amigos quase sempre, namora e tem uma boa relação com seu pai.
Nem tudo ia bem, pois nem nessa época feliz o livro foge da realidade, mas as coisas iam de forma comum.
Porém após conhecer uma oráculo amiga de seu pai, ele começa a prever mortes e o apocalipse; sem saber o que fazer com todas essas informações sua vida vira de cabeça para baixo e ele precisará de muita calma, fé e apoio de seu pai e Catarina para sobreviver a todas as tragédias que vê.

"- Desde que conheci aquela senhora, amiga de meu pai, a minha vida mudou drasticamente. Eu passei a conversar com ela em meus sonhos e a vê-la mesmo quando não está presente. Além disso, comecei a ver coisas que ainda não aconteceram, geralmente fatos trágicos. E esses fatos me fazem rezar, mesmo sem saber como, para que não venham a acontecer de verdade - finalizei. " Página 66

O livro começa em 2006 e vai evoluindo até chegar em 2012, o fato dele ser narrado em primeira pessoa contribuí para que acompanhemos a evolução de Michel e de sua vida, incluindo as visões.
O Caíro é retratado com tamanha precisão que me senti andando pelas ruas do Egito, comendo as comidas típicas e absorvendo os costumes passados de geração a geração.
Apesar do personagem principal ser o Michael, os secundários são muito bem caracterizados e influentes, de tal modo que minha personagem principal se tornou Cataria, uma das personagens que eu acreditei que iria mais odiar.
Acredito que o que fez com que o livro perdesse uma estrela, na minha opinião, foi o fato de ser narrado pelo Michael, como sempre digo, não aprecio narração em primeira pessoa e creio que nesse caso ela apesar de ter ajudado em muitos momentos, atrapalhou a evolução da história.
Um ponto que me chamou muita atenção foi a lógica criada entre o mundo dentro e fora do livro, afinal, o livro todo está entrelaçando fatos com mitos e o enredo em si.
Tendo várias frases interessantes e reflexivas, uma das que mais me chamou a atenção foi:

" - Nascer é um processo de morte, porque você já nasce morrendo ou pelo menos, no caminho da morte. Morrer, por sua vez, é um processo de vida, porque você morre começando uma nova vida. Apenas não sabemos ainda como ela é. - completei. " - Página 40

De forma geral é um livro que eu indico a pessoas que gostem de história, Egito, um pouco de romance e de entrelaçamento dos livros com a realidade, ou seja, refletir sobre o que está escrito e não apenas ler.

Beijos.

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