"Num futuro distante, em que a humanidade é completamente diferente
daquela que conhecemos, Vanessa depara-se com situações para as quais
foi treinada a não se importar: morte, fé, família, amor. Uma mensagem
vinda do ano de 2012 é apenas o começo das mudanças em sua vida, que se
intensificam quando ela começa a sonhar livremente, o que também era
proibido.
Em uma narrativa sobre a reinvenção do homem do futuro, dos valores e do
mundo, A gente ama, a gente sonha, é um misto de ficção futurista com
os dramas atuais da humanidade, que, apesar dos esforços, nunca mudam.
As perdas e os sonhos vão levar Vanessa a descobrir um mundo novo e a
resgatar sentimentos escondidos em seu peito. Descobrir quem é o rapaz
misterioso dos seus sonhos é apenas um de seus problemas, quando, na
verdade, amar é o maior crime que ela poderia ter cometido.
"
Vanessa está acostumada a ser definida pela letra R, de rico, sempre foi
acostumada a ter que viver em uma bolha que envolve sua casa, usar trajes para
sair dela e ir trabalhar em outra bolha. Nunca precisou lutar contra eu próprio
corpo chegar a um dos postos de oxigênio ou contra queimaduras solares como
Zildhe.
“De fato, muitas mudanças estavam
acontecendo em sua vida. Mas as principais estavam acontecendo no seu
interior." - Página 72
Ela sempre teve curiosidade pelos antigos, e ao encontrar um grito de
desespero de 2012 em forma de uma humilde mensagem na garrafa seus olhos se
abrem para realidade da definição de classes e de seu emprego, afinal como ela
cuida da reprodução da espécie convive diariamente com os descartes[abortos]
que é obrigada a fazer para classes pobres, além de ver que seu namorado
é apenas um amigo, escolhido pelo maquinário [ governo] para ser seu namorado.
Quando sua máquina de sonhos aparentemente pifa e ela começa a sonhar
e mais que isso sentir um grande amor, ao mesmo tempo em que o filho de
Zildhe se desenvolve cheio de deformações e ela resolve salva-lo, uma grande
mudança passa a ocorrer em Vanessa a ponto até de Vitor, colega de trabalho e
amigo, perceber.
"[...] Se nossos corações nos uniram em um só sonho, e, se esse
sonho nos unio no mesmo espetáculo, a vida, que é a maior dádiva, irá ajudar-me
a encontra-lo." - Página 73
Ela irá realmente mudar tudo aquilo que sempre acreditou?
Bom isso eu não posso dizer, mas posso dizer que me diverti muito com essa
trama futurista e claro com a Lucy, robô de Vanessa, um pouco atrevida e que
odeia ser desligada. Adorei as críticas sociais feitas pela autora e que mesmo
o livro se passando em um tempo tão futurista são bem para hoje.
Ele me fez refletir sobre várias coisas inclusive o quanto a definição de
classes sociais é nítida e o quanto o amor e o afeto às vezes é simplesmente
trocado por coisas de "maior valor” como dinheiro, trabalho e status.
Adorei a relação que Nenê, apelido de Vanessa dado por seu irmão, tem com a
sua família, já que ela é órfã e passou a cuidar dos irmãos como se fossem seus
filhos.
A relação de Vanessa e Vitor também é bem bacana, já que apesar de não serem
realmente amigos eles sempre demonstram um pouco de companheirismo que hoje
mesmo é difícil de ver. O que me leva a falar da relação de Vanessa e Bernardo,
que é bem fria e apenas por comodidade uma vez que o maquinário os uniu.
O final me surpreendeu imensamente e claro, o maquinário também! Afinal ele
é bem rigoroso quanto ao dever dos P e M , pobres e miseráveis, que é apenas de
servir os mais favorecidos até os 26 anos, que já da tempo suficiente de
serviço. Até os fetos são tratados com rigor, apenas o melhor do melhor deve
sobreviver.
No começo não gostei muito da narrativa por ser primeira pessoa, mais a
história me encantou e com o tempo fui entendendo que não havia outro modo além
de ver a história pelos olhos e mente de Vanessa.
De forma geral adorei o livro e creio que seja uma distopia super indicada!
Ps: "Sempre com os olhinhos a brilhar"
Beijos!
Nossa, eu gostei bastante da sua resenha, hehe
ResponderExcluirMas fiquem em duvida : qual é o papel do robô na história? Porque parece que tem os dois meninos para formar um triângulo e a mensagem vinda de 2012, ai falta o elemento "robô" para completar a trama. rsrsrs se for spoiler não me diz. Outra coisa, ele é independente, né? Não tem editora nenhuma na capa :// Gostei bastante do tema, apesar de não ser chegado a livros do futuro. Sua resenha está ótima. Beijos e parabéns.
http://descobrindolivros.blogspot.com.br/
Então os robôs são exatamente o que parecem ser, eles ajudam as pessoas das classes R e E tanto a organizar o ia quanto a converar e tem pensamentos próprios e tudo mais.
ExcluirEntão o livro não foi lançado em papel, ele só se encontra em ebook mesmo.
Que bom que gostou, muito obrigada!
Beijos!
Hum quero muito ler este livro, tenho o E-book dele, mas sou difícil com ler no computador...então estou esperando para imprimi-lo a qualquer dia...é a primeira resenha que leio e gostei muito..
ResponderExcluirParabéns Lari!
Beijokas!
Amor literário: http://fernandabizerra.blogspot.com.br/
Então eu demorei bastante para pega-lo para ler, entendo, eu espero que consiga porque ele vale muito a pena.
ExcluirObrigada!
Beijos!